Vou fazendo o apanhado aqui pois o que ele e "eles" partilharam vale bem a pena!
Espero que "eles" (e eu) nunca se esqueçam disto e que têm o direito de ter opinião e participar!

Não se esqueçam de escrever por dentro do peito: nós nascemos para ter asas.
No entanto, em épocas remotas, vieram com dedos pesados de ferrugem para gastar as nossas asas como se gastam tostões.
Cortaram-nos as asas para que fôssemos apenas operários obedientes, estudantes atenciosos, leitores ingénuos de notícias sensacionais, gente pouca, pouca e seca.
Apesar disso, sábios, estudiosos do arco-íris e de coisas transparentes, afirmam que as asas dos homens crescem mesmo depois de cortadas, e, novamente cortadas, de novo voltam a ser.
Aceitemos esta hipótese, apesar de não termos dela qualquer confirmação prática.
Por hoje é tudo. Abram as janelas. Podem sair."
José Fanha, 1985. Cartas de Marear.
Imagino como professor e alunos gostaram.
ResponderEliminarO Fanha começa a falar e prende a atenção no encadeamento das estórias que conta.
O poema que escolheste é fantástico. Já passou lá pela ilha.
Beijo, João.
Maria:
ResponderEliminarE pelo teu Facebook (e muito bem!) é mesmo bom ter isso sempre presente
beijo
João P.