Pontual como um relógio a Luísa apareceu, como todas as 5ª feiras, lá na sala de professores para beber um cafézinho e trocar dois dedos de conversa antes de ir ensinar alguém que tenha o privilégio de a ter pela frente.
(Ah o mistério do saber: Se tu soubesses quem tens pela frente... )
Trocámos umas palavras sobre o prazer de estar reformado e ter tempo para tudo (e não ter tempo para nada!) e já não sei como, a conversa veio parar aqui. Tínhamos quase a certeza que ele não poderia ter dito que chegávamos...
Ficámos de ir procurar...
Claro! Ambos tínhamos a certeza. Sim, não importa chegar, o que importa é partir
(Obrigado Luísa por seres quem és! e que pena ser feriado na próxima 5ª)
O SONHO
Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e do que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
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