
Balada do Amor Militante
O nosso amor é de combate. De coragem.
O nosso amor é de saudade. De cidade.
Amor sem casa amor sempre em viagem
o nosso amor é esta eternidade
de passagem.
O nosso amor é um rocinauta que não pára.
O nosso amor é de partido. De partidas.
Amor rebelde amor guerrilha amor Guevara
O nosso amor é de contínuas despedidas.
Deixa-me cantar uma canção de viajante
o nosso amor é sem rotina sem torpor
amor de todo o tempo num instante
amor por vezes sem amor
este amor militante.
(pp.228, Manuel Alegre, 30 Anos de Poesia, 1995, Lisboa: Dom Quixote)
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