segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

288 - balada do amor militante (3 de Dezembro)



















Balada do Amor Militante

O nosso amor é de combate. De coragem.
O nosso amor é de saudade. De cidade.
Amor sem casa amor sempre em viagem
o nosso amor é esta eternidade
de passagem.

O nosso amor é um rocinauta que não pára.
O nosso amor é de partido. De partidas.
Amor rebelde amor guerrilha amor Guevara
O nosso amor é de contínuas despedidas.

Deixa-me cantar uma canção de viajante
o nosso amor é sem rotina sem torpor
amor de todo o tempo num instante
amor por vezes sem amor
este amor militante.

(pp.228, Manuel Alegre, 30 Anos de Poesia, 1995, Lisboa: Dom Quixote)

Sem comentários:

Enviar um comentário

1905 - (da consciência de existir) O uso do telemóvel e a perda da experiência ao vivo

  Há u m gesto que se tornou quase inevitável em qualquer espetáculo ao vivo: o erguer do telemóvel. No caso de um concerto em sala de espet...