segunda-feira, 1 de julho de 2013

Epígrafe














(Que prazer dá a leitura de um bom poema!)


De palavras não sei. Apenas tento
desvendar o seu lento movimento
quando passam ao longo do que invento
como pre-feitos de cimento.
.De palavras não sei. Apenas quero
retomar-lhes o peso a consistência
e com elas erguer a fogo e ferro
um palácio de força e resistência.
.
De palavras não sei. Por isso canto
em cada uma apenas outro tanto
do que sinto por dentro quando as digo.

.Palavra que me lavra. Alfaia escrava.
De mim próprio matéria bruta e brava
- expressão da multidão que está comigo.


José Carlos Ary dos Santos

Sem comentários:

Enviar um comentário

1905 - (da consciência de existir) O uso do telemóvel e a perda da experiência ao vivo

  Há u m gesto que se tornou quase inevitável em qualquer espetáculo ao vivo: o erguer do telemóvel. No caso de um concerto em sala de espet...