Há então um, o relatório de auto-avaliação que só deverá ter três páginas que está a demorar tempos infinitos para acabar...
Nem as idas à natação, nem os gatitos que crescem a olhos vistos fazem com que a inspiração surja.
Para agravar a situação, tenho em frente a mim o mais novo que desarruma o quarto de modo a que este seja pintado a partir de amanhã. Já estou a imaginar as visitas a aparecerem!
Ah, férias, férias...
BREVE CANÇÃO DO VENTO OESTE
ele há-de vir e há-de levar
as vãs palavras que escreveste.
Ele há-de vir com seu presságio
e os címbalos que já trazem o som do inverno
ele há-de vir o vento oeste e há-de apagar
o verão que parecia ser eterno.
Ele há-de vir com seu adágio
suas orquestras em convés que vão ao fundo
ele há-de vir e há-de apagar
a escrita a jura as ilusões do mundo.
Em cada verso há um naufrágio
não sei de poema que não seja mar
Foz do Arelho, 30-8-2003
Manuel Alegre
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