Este início do ano tem sido muito intenso e chegado ao 2º fim de semana do ano já parece que se passaram anos desde a pausa de Natal.
Por agora olho pela perspectiva de achar que a minha intuição estava certa quando combati há tempos atrás determinadas opções/medidas que não me pareceram bem.
(não, não me considero nenhum herói e falta-me muito para atingir os calcanhares de gente muito lutadora e coerente)
No entanto, tomei algumas atitudes que me custaram caro (fruto de impulso?, teimosia?, defeito?) ou como forma de não ceder a princípios e poder-me olhar ao espelho de manhã.
Vejo agora que a maior parte dos colegas que comigo partilham a desbravar de caminhos e a vivência quotidiana de procurar realizar-se pessoal e profissionalmente ganhando ainda o pão de cada dia me acolhem com amizade e comigo têm conversas mais ou menos longas/mais ou menos íntimas
Afinal, não estava errado (nem foi erro de percepção). Este meu coração tem a mania de mandar em mim e põe-se a caminho expondo-me a consequências mais ou menos imprevisíveis. Paciência!
(Podia ser mais sensato? podia
Sou ainda muito ingénuo e por vezes D. Quixote? (sim, mas também acho que com 40 e muitos já me vejo mais sabido e muito menos ingénuo. Será bom, será mau? Acho que é uma aprendizagem e uma adequação a uma vida em sociedade - doutro modo seria um inadaptado)
Por estes dias as conversas versam o tema da desilusão e desencanto... Como foi possível que determinados ambientes e pessoas mudassem tanto?
Que bom sentir que a minha intuição funciona e que não se podia estar de bem com Deus e com o Diabo? que bom perceber que tinha razão, que bom perceber que a frontalidade merece reconhecimento e que muitas amizades ficaram... e que me são cobradas as ausências e que esperam um bocadinho de atenção da minha parte...
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Também foi bom ter participado numa visita de estudo a meio da semana. Os miúdos foram super bem comportados. Souberam estar uns com os outros e com os professores com muita simplicidade, doação e alegria tão própria deles. Gostei de perceber que cada vez sou melhor professor a nível dos afectos. E o dia de Sol que esteve (!) fantástico
(lembro-me bem que com os meus 19, 20, 21, 22, e mais alguns anos me centrava muito em mim com medo de perder o controle e com dúvidas na minha capacidade)
Vejo-me agora sem grandes problemas de fazer entender aos miúdos sem necessidade de gritar e de me impor que há momentos para rir e há momentos para trabalhar e aprender. Há ainda todos os momentos para ser afectuoso sem que isso me levar a perder o pé com eles ao nível de estes perceberem que há um professor e há alunos.
Gostei muito dos "toques" que dei e que recebi nesse dia.
Estes cabelos brancos e alguma serenidade e postura fazem milagres e os miúdos gostam de se sentir seguros e de saber que são ouvidos com atenção!
Este meu coração não tem mesmo cura! Razão/Coração. Este equilíbrio tão difícil de alcançar mas a consolação de poder dizer se morresse hoje que procurei sempre ser verdadeiro (ou quase sempre pois não sou nenhum modelo de perfeição) com tudo de bom e de mau que isso possa ter
Talvez deva aprender ainda mais a não ainda tão ingénuo mas...
Quem deixa coração voar tem que se habituar a momentos de exaltação, de desilusão e de paz. Confiar nas pessoas até ao limite tem estas consequências. Ganha-se tudo ou perde-se tudo. Não há cá meios termos
A côr do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha côr
Vermelho!...
A côr do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...
Meu coração é vermelho
Hei! Hei! Hei!
De vermelho vive o coração
He Ho! He Ho!
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...
Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...(2x)
A côr do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...
O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha côr
Vermelho!...
A côr do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...
Gostei muito de te ler. Fiquei a conhecer-te melhor, e gostei!
ResponderEliminarEstes corações vermelhos são um caso muito sério....
Beijo, João.
Maria:
ResponderEliminar;-)
São pois. Obrigado pelo comentário
beijo
João