Lisboa | |||
Alguém diz com lentidão: «Lisboa, sabes…» Eu sei. É uma rapariga descalça e leve, um vento súbito e claro nos cabelos, algumas rugas finas a espreitar-me os olhos, a solidão aberta nos lábios e nos dedos, descendo degraus e degraus e degraus até ao rio. Eu sei. E tu, sabias?
© EUGéNIO DE ANDRADE
Coração do Dia, 1958 |
quinta-feira, 7 de julho de 2016
1324 - (Do espanto de viver) - Lisboa
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