sexta-feira, 11 de junho de 2010

1124 - Não ainda não cheguei a um estado zen

Não ainda não cheguei a um estado Zen (ver texto abaixo), mas também não quero chegar a um estado de absoluta paranóia, fechado num mundo do diz-que-diz e numa análise do significado de pequenas coisas que podem querer dizer isto ou aquilo.

Definitivamente não quero isto para mim!
Paranóia... Nunca!


De há uns meses para cá fui percebendo que um ciclo se fechou e que estava à espera de algo que NUNCA (N u n c a ) viria.
Como dizia o outro, ninguém se banha duas vezes na mesma água de um rio e eu esperava que a água viesse de novo de modo a poder nela banhar-me.

Basta!

Quero partir para outra... Estou a partir para outra!

Investi muito? Sonhei grande? paciência. Como costumava dizer a muitos: não olhes para o que perdeste nem para as opções que não fizeste... Lembra-te que o melhor ainda está para vir e que quem sabe faz a hora

Novos projectos, novas metas, novos desafios e um mestrado que retomei!
Não sei para onde vou! mas sei que nenhum vento é favorável para quem não sabe para onde vai e, sobretudo, para quem está amarrado a terra. O caminho faz-se, fazendo e partindo

Partirei pois (aliás, já parti!) não esperarei mais


Quanto à fúria da história abaixo, se calhar, foi o que tentei fazer durante alguns tempo. Confesso que perdi a paciência!


"A Lição da Paciência


Um mandarim que se preparava para desempenhar um importante cargo oficial recebeu a visita de um amigo que lhe foi apresentar as despedidas. Abraçaram-se e o amigo recomendou-lhe:
— Acima de tudo, no desempenho das tuas importantes funções, nunca percas a paciência.

Prometeu o mandarim que nunca esqueceria este precioso conselho.
Três vezes repetiu o amigo a mesma recomendação, provocando o enfado do mandarim. Quando se preparava para o fazer pela quarta vez, o mandarim exaltou-se e gritou:
— Basta, eu não sou surdo e muito menos sou um imbecil!

Então o amigo, acalmando-o com a mão posta sobre o seu ombro, fez este comentário:
— Podes assim ver como é importante ser paciente. Três vezes ouviste o meu conselho, já não conseguindo dissimular o enfado. À quarta vez não conseguiste controlar a fúria. O que acontecerá quando, no desempenho do teu cargo, tiveres de ser verdadeiramente paciente?

O amigo baixou os olhos para o chão e limitou-se a suspirar.


J. J. Letria
Contos da China antiga
Porto, Ambar, 2002"

2 comentários:

  1. Ainda há bem pouco tempo eu deixei no Facebook de uma amiga este comentário:

    "E depois chega aquele momento em que se percebe que é altura de parar e seguir noutro rumo..."

    Às vezes (muitas vezes), o difícil é arranjar coragem para virar as costas a algo e tomar outra direcção, dado esse passo descobre-se por vezes (muitas vezes) que é fácil caminhar noutros sentidos.

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  2. Paula:

    Obrigado pelas tuas palavras!

    Ajudam pois!

    Bjs

    João

    ResponderEliminar

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