sábado, 22 de julho de 2006

62 - Auto-Retrato III








Jardins Proibidos

Quando amanheces, logo no ar,

Se agita a luz, sem querer,

E mesmo o dia, vem devagar,

Para te ver.

E, já rendido, vê-te chegar,

Desse outro mundo, só teu,

Onde eu queria entrar um dia,

P'ra me perder.

P'ra me perder, nesses recantos

Onde tu andas, sozinha sem mim,

Ardo em ciúme desse jardim,

Onde só vai quem tu quiseres,

Onde és senhora do tempo sem Fim,

Por minha cruz, jóia de luz,

Entre as mulheres.

Quebra-se o tempo, em teu olhar,

Nesse gesto, sem pudor,

Rasga-se o céu, e lá vou eu,

P'ra me perder.

P'ra me perder, nesses recantos

Onde tu andas, sozinha sem mim,

Ardo em ciúme desse jardim,

Onde só vai quem tu quiseres,

Onde és senhora do tempo sem Fim,

Por minha cruz, jóia de luz.

Paulo Gonzo & Pedro Malaquias

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