terça-feira, 12 de junho de 2007

215 - Este Jesus















Este Jesus que me desafia

Enfureço-me e ele diz-me: Perdoa!
Tenho medo e Ele diz-me: Coragem!
Duvido e Ele diz-me: Confia!
Sinto-me angustiado e Ele diz-me: Calma!

Prefiro estar só e Ele diz-me: Vem e segue-me!
Fabrico planos e Ele diz-me: Deixa-os!
Procuro bens materiais e Ele diz-me: desprende-te!
Quero segurança e Ele diz-me: Não te prometo nada!

Quero viver e Ele diz-me: Dá-me a tua vida!
Creio que sou bom e Ele diz-me: Não é suficiente!
Quero ser chefe e Ele diz-me: Serve!
Quero mandar e Ele diz-me: Obedece!

Quero compreender e Ele diz-me: Acredita!
Quero clareza e Ele fala-me em parábolas
Quero poesias e Ele fala-me em realidades
Quero a minha tranquilidade e Ele quer que eu esteja inquieto.

Quero violência e Ele fala-me de paz.
Saco a espada e Ele diz-me: Guarda-a!
Penso em vingança e Ele diz-me: Apresenta a outra face!
Falo de paz e Ele diz-me: Vim trazer a espada!

Tento ser conciliador e Ele diz-me: Vim trazer fogo à terra!
Quero ser o maior e Ele diz-me: Sê como uma criança!
Quero esconder-me e Ele diz-me: Mostra a tua luz!
Procuro a primeia posição e Ele diz-me: Senta-te no último lugar!
Quero ser visto e Ele diz-me: Reza no Escuro!

Não! não entendo este Jesus
Provoca-me. Confunde-me

domingo, 10 de junho de 2007

214 -sonhos















Sueños


Quiero regresar
hacia el lugar donde nací
quiero recordar
quedarme allí.

Quiero imaginar que
todo se quedaba así
que no hubo un tiempo que pasó
para vivir.

Quiero retornar
a la inocencia de asistir
cada día a descubrir
una mañana azul
un pájaro en trasluz
el viento puro que me asalta el
corazón de amor.

Quiero regresar hacia ese lugar
donde el río canta una canción,
bañarme en el sol,
tenderme al olor de la yerba al salir.
Y en mi mundo infantil
fundirme con el cielo y dejar
volar mi pensamiento libre.

Quiero regresar
hacia el lugar donde nací... jamás.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

213 - Vamos sobrevivendo
















"Com leucemia - Professora obrigada a dar aulas
Uma docente da Escola EB 2/3 de Cacia, em Aveiro, que se encontrava de baixa há cerca de dois anos, após lhe ter sido diagnosticada uma leucemia, foi obrigada pela Caixa Geral de Aposentações a regressar ao serviço para cumprir um período mínimo de 31 dias de trabalho.

Manuela Estanqueiro, de 63 anos, tinha pedido para ser aposentada por incapacidade, mas, após uma junta médica realizada em Novembro, não só viu a pretensão recusada como teve a baixa médica suspensa e ordem para voltar ao serviço, sob pena de perder o vencimento.

“Sinto-me muito injustiçada. Sei que há quem faça de conta que está doente, mas esse não é, infelizmente, o meu caso”, salientou a professora ao CM.

ATESTADO ATÉ NOVA JUNTA

O período mínimo exigido terminou anteontem e Manuela Estanqueiro está actualmente de atestado médico, até poder ir a nova junta médica. “Estes 31 dias foram de extrema agonia e cheguei a desmaiar em plena sala de aula, para além de ter de descansar nos intervalos. Só consegui ultrapassar este sofrimento porque tive sempre o apoio dos colegas, da escola e da Direcção Regional de Educação do Centro.”

A decisão da Caixa Geral de Aposentações deixou a docente de educação tecnológica “abalada psicologicamente”. “Depois de meses de quimioterapia, era o pior que me podia acontecer”, diz.

Manuela Estanqueiro diz que não a preocupa o facto de lhe recusarem a aposentação – da qual já apresentou recurso – só não entende como a podem considerar capaz para o serviço, quando tem uma doença grave diagnostica. Por causa de tudo isto, viu a baixa revogada, quando “a tinha até Outubro de 2008”.

in http://www.cacia.pt/index.php?CA=Noticia&IDNoticia=40


Me preguntaron cómo vivía, me preguntaron
sobreviviendo -dije- sobreviviendo.
Tengo un poema escrito más de mil veces,
en él repito siempre que mientras alguien
proponga muerte sobre esta tierra
y se fabriquen armas para la guerra
yo pisaré estos campos sobreviviendo.
Todos frente al peligro sobreviviendo,
tristes y errantes hombres sobreviviendo...
Sobreviviendo...

Hace tiempo no río como hace tiempo
y eso que yo reía como un jilguero;
tengo cierta memoria que me lastima
y no puedo olvidarme lo de Hiroshima.
Cuánta tragedia sobre esta tierra.
Hoy que quiero reírme apenas si puedo,
ya no tengo la risa como un jilguero
ni la paz, ni los pinos del mes de enero;
ando por este mundo sobreviviendo,
sobreviviendo.

Ya no quiero ser sólo un sobreviviente,
quiero elegir un día para mi muerte.
Tengo la carne joven, roja la sangre,
la dentadura buena mi esperma urgente,
quiero la vida de mi simiente.
No quiero ver un día manifestando
por la paz en el mundo a los animales.
Como me reiría ese loco día,
ellos manifestándose por la vida
y nosotros apenas sobreviviendo...
Sobreviviendo...

Victor Heredia

terça-feira, 5 de junho de 2007

212 - Hoje apetece-me...















Ce soir je bois
Tu peux toujours éteindre la lampe
Et ta main blanche glissant sur la rampe
Monter jusqu'à ta chambre
Pour y chercher ton sommeil noir
Moi je reste en bas ce soir et je bois
Oui j'ai promis, mais je bois quand même
Va je t'aime, va dans ta nuit

Je bois
Aux femmes qui ne m'ont pas aimé
Aux enfants que je n'ai pas eus
Mais à toi qui m'a bien voulu
Je bois
A ces maisons que j'ai quittées
Aux amis qui m'ont fait tomber
Mais à toi qui m'as embrassé
Mais à toi qui m'as embrassé

Ce soir-là
On sortait d'un cinéma
Il faisait mauvais temps
Dans la rue Vivienne
J'étais très élégant
J'avais ma canadienne
Toi tu avais ton manteau rouge
Et je revois ta bouche
Comme un fruit sous la pluie
Comme un fruit sous la pluie

Ce soir je bois
Heureusement je ne suis jamais ivre
Dors, cette nuit je vais écrire mon livre
Il est temps depuis le temps
C'est mon roman, c'est mon histoire
Il y a des choses qu'on écrit
Que lorsqu'il est très tard
Que lorsqu'il fait bien nuit
Dors, je t'aime, dors dans ma vie

Je bois
Aux lettres que je n'ai pas écrites
A des salauds qui le méritent
Mais je ne sais plus où ils habitent
Je bois
A toutes les idées que j'ai eu
Je bois aussi dès qu'ils m'ont eu
Mais à toi qui m'a défendu
Mais à toi qui m'a défendu

Ce jour-là
Dans un café du quinzième
Tu m'avais dis je t'aime
Je n'écoutais pas
Y'avait toute une équipe
On parlait politique
Je me suis battu avec un type
Et tu m'as emmené
Comme un enfant blessé
Comme un enfant blessé

Je bois
Aux combats que tu as mené
Pour m'emmener loin de la fête
Ce soir je bois à ta défaite
Je bois
Au temps passé à te maudire
A te faire rire à te chérir
Au temps passé à te vieillir
Je bois
Aux femmes qui ne m'ont pas aimé
Aux enfants que je n'ai pas eus
Mais à toi qui m'a bien voulu
Mais à toi qui m'a bien voulu

segunda-feira, 4 de junho de 2007

211 - Na terra dos sonhos














Na Terra dos Sonhos
Andava eu sem ter onde cair vivo
Fui procurar abrigo nas frases estudadas do senhor doutor
Ai de mim não era nada daquilo que eu queria
Ninguém se compreendia e eu vi que a coisa ia de mal a pior

Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar

Andava eu sózinho a tremer de frio
Fui procurar calor e ternura nos braços de uma mulher
Mas esqueci-me de lhe dar também um pouco de atenção
E a minha solidão não me largou da mão nem um minuto sequer

Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar

Se queres ver o Mundo inteiro à tua altura
Tens de olhar para fora, sem esqueceres que dentro é que é o teu lugar
E se às duas por três vires que perdeste o balanço
Não penses em descanso, está ao teu alcance, tens de o reencontrar

Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar

domingo, 3 de junho de 2007

210 - um ano a voar
















Enfim...

Sempre gostei de efemérides...

Um ano a aprender a voar é bonito. Chegarei ao 2º?

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Aprender a voar é a proposta para a vida

sexta-feira, 1 de junho de 2007

209 - O beijo




















Este Inferno de Amar

Este inferno de amar - como eu amo!-
Quem mo pôs n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói-
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

1903 - (da Resiliência) Crónica de um dia de praia

Decidi ir à praia à tarde. Chego à Costa de Caparica e ao parque de estacionamento. Vejo muitos carros a sair; fico satisfeito por pensar ...