É inútil querer captar ou fixar o momento fugaz!
O tom de luz que muda rapidamente, os contrastes, as nuvens, os reflexos nos vidros, o vento, ...
Ver a foto é comparar uma brisa com um furacão!
Oh limitação humana...oh momento que não se pode transformar em eterno!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Uma questão de azul escuro
Edição do Programa Ler+ Ler Melhor, sobre o livro Uma Questão de Azul-Escuro, de Margarida Fonseca Santos. Um livro temático sobre a violência (nas escolas, nas ruas, na vida…). Baseado numa história verídica.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
1426 - É preciso um país
É PRECISO UM PAÍS...
Não mais Alcácer Quibir.
É preciso voltar a ter uma raiz
um chão para lavrar
um chão para florir.
É preciso um país.
Não mais navios a partir
para o país da ausência.
É preciso voltar ao ponto de partida
é preciso ficar e descobrir
a pátria onde foi traída
não só a independência
mas a vida.
Manuel Alegre (Águeda, 1936)
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
1425 - É isto mesmo! é isto mesmo!
Acabei de o descobrir!
vai sem imagem, sem contexto, sem mais nada!
é mesmo urgente partilhá-lo à maneira de um panfleto! não nos destruirão. mesmo na noite mais escura sou dono do meu pensamento!
---
CANTA
Atreve-te a julgar. Julga os outros julgando-te a ti mesmo.
A natureza das coisas é a tua natureza. Respira-te, despe-te,
faz amor com as tuas convicções, não te limites a sorrir
quando não sabes mais o que dizer. Os teus dentes
estão lavados, as tuas mãos são amáveis, mas falta-te
decisão nos passos e firmeza nos gestos.
Procura-te. Tenta encontrar-te antes que te agarre a
voracidade do tempo.
Faz as coisas com paixão. Uma paixão irrequieta,
que não te dê descanso
e te faça doer a respiração. Aspira o ar, bebe-o com força, é
teu, nem um cêntimo pagarás por ele.
Quanto deves é à vida, o que deves é a ti mesmo. Canta.
Canta a água e a montanha e o pescoço do rio,
e o beijo que deste e o beijo que darás, canta
o trabalho doce da abelha e a paciência com que crescem
as árvores,
canta cada momento que partilhas com amigos, e cada amigo
como um astro que desponta no firmamento breve do teu corpo.
E canta o amor. E canta tudo o que tiveres razão para cantar.
E o que não souberes e o que não entenderes, canta.
Não fujas da alegria. A própria dor ajuda-te a medir
a felicidade. Carrega nos teus ombros os séculos passados e
os séculos vindouros,
muito do pó que sacodes já foi vida,
talvez beleza, orgulho, pedaços de prazer.
A estrela que contemplas talvez já não exista, quem sabe,
o que te ajudou a ser vida de quantas vidas precisou. Canta!
Se sentires medo, canta. Mas se em ti não couber a alegria,
não pares de cantar.
Canta. Canta. Canta. Canta. Canta. Constrói o teu amor,
vive o teu amor,
ama o teu amor. De tudo o que as pessoas querem, o que
mais querem é o amor.
Sem ele, nada nunca foi igual, nada é igual, nada será igual
alguma vez.
Canta. Enquanto esperas, canta.
Canta quando não quiseres esperar.
Canta se não encontrares mais esperança. E canta quando a
esperança te encontrar.
Canta porque te apetece cantar e porque gostas de cantar e
porque sentes que é preciso cantar.
E canta quando já não for preciso. Canta porque és livre.
E canta se te falta a liberdade.
Joaquim Pessoa
vai sem imagem, sem contexto, sem mais nada!
é mesmo urgente partilhá-lo à maneira de um panfleto! não nos destruirão. mesmo na noite mais escura sou dono do meu pensamento!
---
CANTA
Atreve-te a julgar. Julga os outros julgando-te a ti mesmo.
A natureza das coisas é a tua natureza. Respira-te, despe-te,
faz amor com as tuas convicções, não te limites a sorrir
quando não sabes mais o que dizer. Os teus dentes
estão lavados, as tuas mãos são amáveis, mas falta-te
decisão nos passos e firmeza nos gestos.
Procura-te. Tenta encontrar-te antes que te agarre a
voracidade do tempo.
Faz as coisas com paixão. Uma paixão irrequieta,
que não te dê descanso
e te faça doer a respiração. Aspira o ar, bebe-o com força, é
teu, nem um cêntimo pagarás por ele.
Quanto deves é à vida, o que deves é a ti mesmo. Canta.
Canta a água e a montanha e o pescoço do rio,
e o beijo que deste e o beijo que darás, canta
o trabalho doce da abelha e a paciência com que crescem
as árvores,
canta cada momento que partilhas com amigos, e cada amigo
como um astro que desponta no firmamento breve do teu corpo.
E canta o amor. E canta tudo o que tiveres razão para cantar.
E o que não souberes e o que não entenderes, canta.
Não fujas da alegria. A própria dor ajuda-te a medir
a felicidade. Carrega nos teus ombros os séculos passados e
os séculos vindouros,
muito do pó que sacodes já foi vida,
talvez beleza, orgulho, pedaços de prazer.
A estrela que contemplas talvez já não exista, quem sabe,
o que te ajudou a ser vida de quantas vidas precisou. Canta!
Se sentires medo, canta. Mas se em ti não couber a alegria,
não pares de cantar.
Canta. Canta. Canta. Canta. Canta. Constrói o teu amor,
vive o teu amor,
ama o teu amor. De tudo o que as pessoas querem, o que
mais querem é o amor.
Sem ele, nada nunca foi igual, nada é igual, nada será igual
alguma vez.
Canta. Enquanto esperas, canta.
Canta quando não quiseres esperar.
Canta se não encontrares mais esperança. E canta quando a
esperança te encontrar.
Canta porque te apetece cantar e porque gostas de cantar e
porque sentes que é preciso cantar.
E canta quando já não for preciso. Canta porque és livre.
E canta se te falta a liberdade.
Joaquim Pessoa
sábado, 12 de novembro de 2011
1424 - Pequenos momentos que se fazem enormes
1- Na 5ª feira andei todo o dia pelo Seixal. Capto os momentos... de manhãzinha, nevoeiro, maré baixa,, uma magnífica Garça está na baía. Tive pena de não ter tido tempo para parar o carro e tirar uma foto. A ave era linda!!!
2 - Hora de almoço - Revejo a magnífica árvore que fotografei em Outubro.
3 - Entardecer. regresso a casa e o momento é profundamente belo na estrada que circula a baía. Tenho pena de nenhuma foto poder captar os breves minutos do entardecer. é a luz nas janelas antigas, é o violeta no céu, é a cor de prata no mar, é a lua que desponta... absolutamente maravilhoso
4 - Na 6ª feira só me lembro, durante todo o dia do belo texto da Sohia. As palavras são belas demais para serem usadas assim por alguns...
Com Fúria e Raiva
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
5 - Hoje, no meu jardim... Finalmente após 4 anos as laranjeiras deram frutos! estive para as arrancar, adubei-as, estive para as arrancar, pus-lhes produto para mil e uma pragas, errei, adubei, este ano tive frutos. 4 numa e 12 noutra!
Outros frutos hão-de desabrochar. é preciso ter a paciência do jardineiro noutras dimensões da vida
2 - Hora de almoço - Revejo a magnífica árvore que fotografei em Outubro.
3 - Entardecer. regresso a casa e o momento é profundamente belo na estrada que circula a baía. Tenho pena de nenhuma foto poder captar os breves minutos do entardecer. é a luz nas janelas antigas, é o violeta no céu, é a cor de prata no mar, é a lua que desponta... absolutamente maravilhoso
4 - Na 6ª feira só me lembro, durante todo o dia do belo texto da Sohia. As palavras são belas demais para serem usadas assim por alguns...
Com Fúria e Raiva
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"
5 - Hoje, no meu jardim... Finalmente após 4 anos as laranjeiras deram frutos! estive para as arrancar, adubei-as, estive para as arrancar, pus-lhes produto para mil e uma pragas, errei, adubei, este ano tive frutos. 4 numa e 12 noutra!
Outros frutos hão-de desabrochar. é preciso ter a paciência do jardineiro noutras dimensões da vida
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
"No tenemos otro remedio que leer..."
"No tenemos otro remedio que leer..."
---
Porque el deseo de leer como todos los deseos que distraen nuestras almas infelices, puede ser analizado.Virginia Wololf. Sir Thomas Brownw, 1923
Uno no puede hablar de la lectura sin detenerse en Alberto Manguel, por ello estas líneas vienen a ser una modesta aportación o mejor una invitación a entrar y perderse entre sus páginas que, a la vez, han sido la principal fuente y motor de este escrito. Un libro que cautiva con una historia, " Una historia de la lectura" dotando al acto de leer la categoría de Insight.
La necesidad de comunicación es inherente a cualquier especie, movidos por este deseo el ser humano fue creando instrumentos y herramientas que le permitieron ampliar sus capacidades y con ellas su poder, así, el hombre fue interpretando su percepción del mundo y le dió una explicación a sus causas, hechos, fenómenos... Creó los medios necesarios para facilitar la transmisión de información. Uno de esos instrumentos fue la palabra que fue evolucionando hasta llegar al lenguaje escrito cuya adquisición y primeros indicios datan desde hace unos seis mil años.
Leer es ir al encuentro de algo que está a punto de ser y aún nadie sabe qué será... Italo Calvino. Si una noche de invierno un viajero,1979.
Las primeras formas materiales o documentos escritos fueron objetos sueltos, cuentas en tablas de arcilla (como las tablas de Uruk,) huesos, piedras, cerámicas, un pedazo de piel, una hoja vegetal. Soportes que fueron evolucionando en función de las nuevas necesidades y situaciones sociales. Una de las normas que se estableció, desde el comienzo de la palabra escrita, fue leer en voz alta, pues los signos llevaban consigo su propio sonido, de ahí la frase tan famosa de scripta manent, verba volant que en la acutalidad ha pasado a siginificar lo escrito permanece, la palabra se las lleva el aire, pero en su origen significó todo lo contrario pues se ensalzaba a la palabra en voz alta. Este tipo de lecturas necesitaba una preparación previa, pues se escribía sin puntuación alguna y todo seguido por eso los lectores debían dar la entonación correcta, así como expresividad corporal en función de la lectura, se leía con todo el cuerpo, esta forma de lectura hacía que sólo las personas bien preparadas y con ciertas habibilidades podían acceder a los escritos. Sobre el siglo XIX empezarón los cambios con las primeras normas que exigían silencio a los escriba en los monasterios. En este recorrido no podemos olvidar algunas vicisitudes por las que pasó la lectura, una de las más importantes fueron las lecturas prohibidas...quema de libros...y como no mencionar el tan famoso índice que la iglesia publicó Index Librorum Prohibitorum et Expurgatorum donde, entre otros, se encontrabn nombres tan relevantes como Voltaire, Diderot... El camino de la lectura está lleno de recobecos y recorrerlos nos llevaría a estar, como dice Manguel, siempre entre los libros no escritos y entre los libros no leídos...
Todos nos leemos a nosotros mismos y al mundo que nos rodea para vislumbrar qué somos y dónde estamos. Leemos para entender, o para empezar a entender. No tenemos otro remedio que leer. Leer, casi tanto como respirar, es nuestra función esencial... Albero Manguel. Una historia de la lectura
La habilidad de leer es algo que nos acompaña desde siempre, esta capacidad así como la de hablar o la de percibir son aptitudes que utilizamos sin darnos cuenta pues no tenemos consciencia de los medios que utilizamos ni sus procedimientos. La capacidad lectora, como cualquier otra capacidad cognitiva, es una transformación de representaciones (llamadas entradas)en otras representaciones (llamadas salida). Según los expertos para la mayoría de nosotros esta idea de la lectura apenas es percibida y mostramos una apreciación romántica de la misma, confundiendo lectura con percepción...pero no entraremos en estos aspectos (tema relacionado)
¿Para qué y por qué leemos ?
Leemos para informarnos...para saber... para aprender a pensar...para comprender...para abrir caminos...como refugio...o para entender o empezar a entender, para poder vislumbrar el mundo. Para esta pregunta encontraremos tantas respuestas como lectores. Saber leer siempre ha sido y es un instrumento que nos aporta un bien y un bien es algo que abona nuestra riqueza, nuestro bienestar, nuestra felicidad, nuestra seguridad, nuestra confianza...
Todos sabemos que la lectura ha estado condicionada en función de la situación histórica...social... o soporte y no todos podían acceder a tan preciado bien, tan solo unos pocos poseían ese privilegio y, en consecuencia,el monopolio de la información y el conocimiento. En la actualidad no estamos tan lejos de esa realidad, la desigualdad social todavía hace mella, aunque nosotros hagamos oídos sordos y no neguemos a ver que, mientras en una parte del mundo el exceso nos asfixia en la otra por defecto les ahoga.
Medio Pan y un LibroNo solo de pan vive el hombre. Yo, si tuviera hambre y estuviera desvalido en la calle no pediría un pan; sino que pediría medio pan y un libro. Y yo ataco desde aquí violentamente a los que solamente hablan de reivindicaciones económicas sin nombrar jamás las reivindicaciones culturales que es lo que los pueblos piden a gritos. Bien está que todos los hombres coman, pero que todos los hombres sepan. F.G.Lorca
Un ejemplo, de los tantos se podríamos nombrar,que han llevado esperanza... es la labor de Sabriye Tenberken que elaboró, ella misma, un método para leer el tibetano en braille y después construyó una escuela para niños ciegos en un país donde las condiciones son especialmente duras para cualquier musválido (leer más)
Y ahora dime... ¿Para qué y por qué lees tú?
Subscrever:
Mensagens (Atom)
1903 - (da Resiliência) Crónica de um dia de praia
Decidi ir à praia à tarde. Chego à Costa de Caparica e ao parque de estacionamento. Vejo muitos carros a sair; fico satisfeito por pensar ...
-
Sempre que acabo as aulas e chego a Julho (embora ainda me faltem uns dias cheios de trabalho antes de entrar de férias), dá-me uma vontade ...
-
Coisas que acontecem e que aquecem o coração Esta manhã fui às compras ao Continente, encontrei uma criança que me agarrou e ria, ria. (nu...
-
Uma grande viagem começa por um só passo: Onde é a nossa casa? Acho que foi Albert Camus que disse que a questão mais premente do nosso temp...